Toda organização é concebida e estruturada para cumprir uma finalidade. Para tanto, é necessário que haja um sistema de trabalho e diretrizes para o gerenciamento de suas atividades com vistas a atingir o objetivo de seu negócio e garantir a sua sobrevivência no mercado competitivo, bem como, das pessoas que dela dependem.
Ao estabelecer esses quesitos, surge a necessidade natural de ter que medir resultados com o fim de garantir o atingimento das metas traçadas, atuando corretiva e preventivamente nos seus desvios. Para atender a essas necessidades, as organizações devem desenvolver ferramentas adequadas que permitam efetuar uma avaliação da gestão de suas atividades.
Há alguns preceitos que reforçam essa necessidade, demonstrando que só se gerencia aquilo que é medido, ou seja:
- Só sabemos onde queremos chegar se definirmos metas e objetivos;
- Só sabemos se chegamos lá se monitorarmos nosso trabalho e avaliarmos o seu resultado;
- Só sabemos o custo do retrabalho se o controlarmos.
No início da era industrial, todo o foco de controle era concentrado nos produtos gerados. Em uma primeira evolução gerencial, passou-se a controlar também os processos produtivos. Observou-se, entretanto, que apenas esses controles não garantiam os resultados das organizações.
Desenvolveu-se, então, uma visão sistêmica para as organizações, criando-se mecanismos de gestão integrados para todas as áreas que influenciam direta ou indiretamente a realização dos produtos das empresas (Recursos Humanos, Compras, Direção, Vendas etc).
Essa visão sistêmica, consolidada inicialmente em normas militares concebidas após a 2ª guerra mundial e direcionadas às indústrias bélicas e aeroespaciais, permite às organizações estruturar modelos de gestão para controlar e garantir o atingimento das características previstas para os seus produtos.
O incremento nas relações comerciais entre os diversos países, especialmente daqueles inseridos na chamada "Comunidade Europeia", demandou a criação de requisitos que permitissem a avaliação dos fornecedores sob um mesmo modelo de gestão.
Diante disso, foi desenvolvida uma ferramenta consagrada mundialmente e que foi estabelecida após o estudo e consenso de centenas de técnicos especializados na matéria e voltada para as necessidades do mundo globalizado e competitivo.
Daí surgiram as normas das famílias ISO, sendo mais conhecidas as da série ISO 9000 (Modelo de Sistema de Gestão da Qualidade).
Esse modelo de gestão já foi adotado por mais de 510.000 empresas no mundo, sendo cerca de 9.500 no Brasil referentes à ISO 9001/2/3:1994. Na ISO 9001:2000 as certificações já chegam a cerca de 45.000 no mundo e 182 no Brasil (dados de Dezembro/2001).
Dessa forma, todas essas empresas são avaliadas sob um mesmo enfoque, sendo que a certificação comprova que as mesmas atendem aos requisitos estabelecidos para o seu Sistema de Gestão da Qualidade.
A adoção desse modelo propicia a melhoria dos processos/produtos e a satisfação dos clientes, sendo uma ferramenta de fácil adequação a todos os ramos de atividades das organizações, à realidade dos fatos e às necessidades das pessoas.
A sua plena eficácia, no entanto, depende da consciência, da percepção e do comprometimento de cada um.
Matéria do ETQC - 2003
sábado, 22 de agosto de 2015
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